“Being a DIK” é, provavelmente, um dos jogos mais populares e bem-sucedidos no gênero de Visual Novels adultas ocidentais, e não é difícil entender por quê. Com uma narrativa bem construída e personagens cativantes, o jogo rapidamente se tornou um dos favoritos entre os fãs do gênero. Apesar de a história ainda não estar totalmente concluída, e de sempre haver a incerteza se o desfecho atenderá às altas expectativas, a qualidade da trama e do desenvolvimento dos personagens até agora tem sido notável.
O jogo se passa em uma universidade americana fictícia, com uma atmosfera que remete aos filmes clássicos de faculdade: há festas, fraternidades, sororidades, grupos de nerds, atletas e todos os estereótipos que você esperaria encontrar. Mas, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, os personagens são bem mais complexos do que simples clichês. Cada um deles possui motivações, passados e traumas pessoais que justificam suas ações e comportamentos, tornando a experiência narrativa mais imersiva e envolvente.
Além disso, o protagonista encontra-se em várias situações e interações que são carregadas de emoção e drama, o que permite ao jogador se aprofundar nas complexidades de cada personagem. Mesmo os personagens secundários têm suas próprias histórias, o que contribui para a riqueza do enredo.
Em termos de gráficos, Being a DIK se destaca pela qualidade das renderizações e pelo design dos personagens, que foram cuidadosamente trabalhados para parecerem realistas e agradáveis aos olhos. Embora a preferência por arte 2D seja comum em visual novels japonesas, o estilo 3D polido deste jogo é cativante e, na verdade, oferece uma experiência visual única e envolvente para o público ocidental. As cenas animadas e renderizadas em alta qualidade nas interações íntimas contribuem para a imersão, dando ao jogador uma sensação mais próxima de estar dentro da história.
Outro destaque importante do jogo é a trilha sonora. Diferentemente de muitas outras visual novels ocidentais, Being a DIK apresenta uma trilha sonora cuidadosamente selecionada que complementa perfeitamente os momentos do jogo. Seja em uma cena romântica, em um jantar com amigos ou em uma festa universitária, a música ajuda a intensificar a emoção de cada situação. A escolha das faixas adiciona um toque autêntico e realista, como se fossem músicas que realmente poderiam estar tocando em uma festa universitária ou em um bar.
A jogabilidade de Being a DIK é bem equilibrada entre escolhas narrativas e minijogos. Enquanto alguns minijogos são divertidos e adicionam uma camada extra de desafio, como o minijogo de luta e o de desenho, outros acabam quebrando o ritmo da história. A parte interessante é que o jogo permite que você experimente diferentes rotas e veja finais alternativos com personagens distintos, o que incentiva a rejogabilidade.
No entanto, há alguns pontos de crítica quanto à jogabilidade: alguns minijogos acabam sendo repetitivos, especialmente quando você decide explorar todas as rotas possíveis. Embora seja possível desativar os minijogos no início, essa escolha é irreversível e afeta algumas cenas que dependem do sucesso nessas atividades, o que pode ser um pouco frustrante para quem quer ver todas as renderizações e finais disponíveis.
Um dos pontos mais comentados pela comunidade é a frequência das atualizações. Como muitos desenvolvedores de visual novels adultas, o criador de Being a DIK, Dr. Pinkcake, financia o jogo principalmente por meio de doações e assinaturas em plataformas como Patreon. Isso, por um lado, garante uma base fiel de fãs e permite o constante aperfeiçoamento do jogo, mas, por outro, resulta em atualizações lançadas em intervalos longos, o que pode ser frustrante para quem acompanha a história.
A preocupação maior é que o criador se desgaste ou acabe deixando o projeto inacabado, algo que, infelizmente, acontece com certa frequência no cenário das visual novels ocidentais. No entanto, espera-se que Being a DIK tenha um desfecho satisfatório e que Dr. Pinkcake consiga entregar a história completa aos fãs.
Mesmo com alguns pontos de crítica, Being a DIK é, sem dúvida, uma experiência única e uma das melhores visual novels adultas disponíveis atualmente. Com personagens cativantes, uma narrativa envolvente, gráficos de alta qualidade e uma trilha sonora que complementa perfeitamente a ambientação, o jogo oferece uma experiência completa e imersiva para os jogadores. Se você é fã do gênero ou está apenas procurando algo diferente, Being a DIK é definitivamente um jogo que vale a pena conferir.